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Autismo e Sexualidade

Atualizado: 24 de abr.



A sexualidade é um tema que carrega muitas singularidades. Afinal, cada indivíduo lida com essa área da vida à sua própria maneira e isso pode ser resultado de suas experiências, de sua educação ou de como esse assunto foi abordado em determinados períodos da vida. E quando se trata de autismo, devemos levar em conta que podem existir peculiaridades ainda mais significativas, já que o espectro é enorme, assim como os desafios.


Porém, a sexualidade continua sendo um aspecto normal e saudável da vida de todos nós, e deve sempre ser abordada com naturalidade. Infelizmente, sabemos que pouco se fala sobre o assunto envolvendo o transtorno do espectro autista. E é por isso que hoje vamos mostrar qual a relação entre autismo e sexualidade e de que maneira esses indivíduos podem vivenciar sua intimidade de maneira mais satisfatória. Confira!

 


Como ajudar a abordar o tema sexualidade no autismo?


Elaborar as próprias emoções nem sempre é algo fácil. Por isso, é importante que as pessoas autistas entendam que não há nada de errado em sentir desejos sexuais. Conversar com uma pessoa de confiança, que pode ser um familiar ou um amigo, pode ajudar a entender melhor os próprios sentimentos e a tratar desse assunto com mais naturalidade.


O ideal é que esse diálogo ocorra ainda durante a adolescência, pois é um período em que o jovem naturalmente passa por diversas mudanças físicas, hormonais, que podem gerar dúvidas e inseguranças e influenciar futuramente os comportamentos sexuais do indivíduo. É importante que os pais estejam atentos a essa fase e ofereçam o apoio necessário. Confira a seguir algumas iniciativas que podem ajudar nesse momento:


- Mostre ao seu filho que ele pode se sentir confortável para dizer e perguntar a você o que quiser. E que ele sempre terá em você apoio e segurança.

- Oriente sobre a existência de limites, tanto em relação a ele quanto aos do parceiro/parceira. Isso é importante para toda relação saudável.

- Ouça sobre as dúvidas, interesses e medos sem julgamento.

 

 

 

De que maneira o autismo afeta a sexualidade?


Existem várias características no transtorno do espectro autista, sejam sensoriais ou comportamentais que podem, sim, afetar a prática sexual. Vamos entender as principais a seguir:

 

 

Sensibilidade


A atividade sexual envolve todos os nossos sentidos como olfato, tato, paladar, audição e visão. E para pessoas com autismo pode ser que o excesso desses estímulos se torne uma experiência desagradável. Assim, qualquer desconforto deve ser comunicado ao seu parceiro ou parceira.  

 


Comportamentais


Entender que o sexo é um momento que deve ser consentido e prazeroso para ambas as partes é fundamental. Alguns indivíduos com TEA podem priorizar apenas o próprio prazer, desconsiderando os desejos da outra parte. É importante não só saber comunicar suas preferências e limites, mas também escutá-los do seu parceiro.


Isso porque a falta de um diálogo aberto pode levar o autista a desenvolver um comportamento ansioso, que tende a afastá-lo de situações que despertem nele esse gatilho de ansiedade e prejudicar a relação do casal. Mas através de um diálogo saudável, ambos poderão, juntos, amadurecer e criar uma conexão maior na vida a dois. 

 

Mesmo que existam desafios, um autista pode desfrutar da intimidade e de uma vida sexual satisfatória. E um dos caminhos fundamentais para atingir esse objetivo é através da psicoterapia. No Alcance – Núcleo de Desenvolvimento Humano somos especializados em abordagens terapêuticas para TEA para diferentes objetivos. Entre em contato conosco e saiba mais.

 

 

 

 

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