Muito se ouve falar sobre o autismo atualmente e os impactos que ele causa no neurodesenvolvimento de crianças. Mas você sabe como é feito o diagnóstico de autismo, os primeiros sinais e que profissionais estão aptos a identificá-lo? Descubra aqui neste conteúdo da Núcleo Alcance.
O que é o autismo?
Antes de falar sobre o diagnóstico de autismo, vamos ver o que é este transtorno e trazer um panorama sobre ele. Chamado Transtorno do Espectro do Autista (TEA), ele consiste em uma desordem relacionada ao desenvolvimento neurológico do indivíduo que afeta a forma como a pessoa se relaciona com outras, seu processo de aprendizado e a sua comunicação. Além disso, quem possui TEA pode apresentar padrões restritos e repetitivos de comportamento.
Uma reportagem da CNN Brasil, que trouxe dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), revelou que em todo o mundo cerca de 1 em cada 100 crianças tem autismo. O órgão destaca que esta estimativa representa um valor médio.
Sinais que podem indicar autismo
A presença da palavra "espectro" na expressão Transtorno do Espectro do Autista se deve ao fato de que o autismo pode se manifestar em diferentes níveis. Por isso, as pessoas são afetadas de maneiras distintas. Enquanto uns indivíduos podem precisar de um suporte maior no dia a dia, outros podem viver de modo independente. Mas cabe ressaltar aqui alguns sinais que podem ser indicativos de autismo: - Dificuldade em manter contato visual;
- Repetir as mesmas palavras ou frases muitas vezes;
- Atrasos na aprendizagem de linguagens, falas e interações sociais;
- Realizar poucos gestos por volta dos 12 meses de idade;
- Não responder ao próprio nome por volta dos nove meses de idade;
- Manifestar interesses de forma exagerada e obsessiva;
- Focar em partes específicas de objetivos ou lugares;
- Reagir de forma estranha a alguns sons, cheiros, gostos ou texturas;
- Habilidades acima da média e enorme capacidade de memória;
- Entre outros.
Outro aspecto importante a ser abordado é que adultos também podem receber diagnóstico de autismo. Os sinais aqui podem ser:
- Dificuldade para entender metáforas, ironias e piadas;
- Falta de empatia com outros;
-Desconforto ou estranheza na hora de receber afeto;
- Dificuldade em falar sobre seus sentimentos e compreender ou prever os sentimentos dos outros;
- Foco restrito;
- Maior sensibilidade a barulhos incômodos e ambientes agitados;
- Muita sensibilidade à luz e ao toque;
- Desempenho acima do comum em determinadas atividades; etc.
Como é feito o diagnóstico de autismo?
Geralmente, os sintomas de autismo aparecem nos primeiros anos da criança. Portanto, pais e pediatras devem ficar atentos. E os professores também podem alertar os responsáveis! Um dos métodos utilizados para o início do diagnóstico de autismo é uma análise do comportamento e a avaliação pelo M-CHAT, o qual é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e obrigatório em atendimentos no SUS.
O M-CHAT consiste em um teste com 23 questões que devem ser respondidas pelos pais de crianças entre 16 e 30 meses durante uma consulta com o pediatra. Caso a pontuação fique entre 0 e 2, o risco de TEA é baixo. Entre 3 e 7 pontos, o risco é moderado. Se esta for a situação, os pais devem fazer uma segunda parte do teste. Se a pontuação ficar entre 8 e 20, não é preciso fazer a outra parte do teste, porque as chances são bem altas.
Ou seja, o pediatra inicia o processo de diagnóstico de autismo e cabe a este profissional encaminhar a criança a um especialista em TEA, que pode ser um psiquiatra infantil ou um neurologista pediátrico. Já os adultos, podem ter o diagnóstico de autismo iniciado por um psicólogo.
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