Birra, teimosia, rebeldia ou “personalidade forte” são termos facilmente utilizados na hora de descrever o comportamento de crianças ao serem contrariadas. Mas você sabia que algumas vezes, essas atitudes podem estar associadas ao TOD (Transtorno Opositivo Desafiador)? Se você nunca tinha ouvido falar nesta condição, descubra quais são as principais características e as abordagens recomendadas por especialistas em saúde mental para minimizar esses comportamentos. Confira!
O que é o Transtorno Opositivo Desafiador?
O TOD é considerado uma condição psiquiátrica caracterizada por um padrão persistente de comportamento desafiador, hostil e desobediente comum em algumas crianças e adolescentes. Algumas das principais características do Transtorno Opositivo Desafiador são:
Comportamento desafiador persistente
Corresponde a episódios frequentes de acessos de raiva, argumentação agressiva com adultos, recusa em obedecer a pedidos ou regras, provocação deliberada de outras pessoas e irritabilidade constante.
Hostilidade em relação a figuras de autoridade
Os indivíduos com TOD frequentemente desafiam figuras de autoridade, geralmente representado pelos pais, professores e outros adultos em posições de liderança. Eles podem se recusar a seguir instruções, serem teimosos e responderem de forma ríspida ou desafiadora a qualquer tentativa de disciplina.
Persistência do comportamento ao longo do tempo
É importante dizer que para que o TOD seja diagnosticado, o comportamento desafiador deve ser persistente e ocorrer com frequência por um período prolongado, geralmente de alguns meses. Assim, descarta-se que a conduta da criança ou adolescente esteja associada a outras situações pontuais aos quais eles estejam reagindo.
Impacto negativo nas relações e rotina
O comportamento desafiador do indivíduo com TOD pode causar tensão significativa nas relações familiares, escolares e sociais. Podendo interferir no desempenho escolar, nas atividades sociais e na capacidade de manter vínculos saudáveis.
Abordagens no tratamento do Transtorno Opositivo Desafiador
Após uma avaliação profissional realizada por psicólogos, são recomendadas estratégias para intervir no comportamento desafiador da criança ou adolescente, visando promover um ambiente mais positivo e qualidade nas relações. Confira a seguir algumas estratégias utilizadas.
Definir limites claros
É importante estabelecer regras e limites claros para o comportamento e ser consistente ao aplicá-los. Isso ajuda a proporcionar segurança e previsibilidade para a criança.
Reforçar comportamentos positivos
Reconheça e recompense comportamentos positivos e cooperativos. Você pode incentivá-los por meio de elogios ou privilégios adicionais. O reforço positivo vai ajudar a criança a se sentir motivada em repetir os comportamentos desejáveis.
Evite confrontos desnecessários
Escolha suas batalhas e evite entrar em confrontos que sejam desgastantes. Se possível, dê à criança opções limitadas dentro do que é permitido para que ela se sinta mais no controle da situação.
Comunique-se com clareza
Mantenha a calma ao lidar com comportamentos desafiadores e comunique-se de forma clara e direta. Evite reagir com raiva ou frustração, já que isso pode intensificar o comportamento reativo da criança.
Use estratégias de resolução de conflitos
Ajude, através do exemplo, a desenvolver habilidades de resolução de problemas, ensinando-a a identificar suas emoções, ter empatia com o outro e a encontrar soluções alternativas e pacíficas para lidar com os conflitos.
Estabeleça uma rotina consistente
Ter uma rotina previsível pode ajudar a criança a se sentir mais segura no dia a dia. Estabeleça horários regulares para atividades cotidianas como refeições, banho sono e estudos, e mantenha-os consistentes o máximo possível.
Busque apoio profissional
O diagnóstico do Transtorno Opositivo Desafiador deve ser feito por profissionais especializados em saúde mental, mediante avaliação psicológica. Lidar com o TOD requer apoio, estratégia e consistência, que só um trabalho terapêutico pode proporcionar. Quer entender mais sobre as abordagens terapêuticas nesses casos? Fale com o Alcance – Núcleo de Desenvolvimento Humano e agende uma avaliação.
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